8ª temporada de "Bones", episódio 23: surto
8ª temporada de "Bones", episódio 23: surto
Anonim

Depois de alguns episódios medíocres consecutivos, Bones dá a seus fãs a prova de que, com o roteiro certo, ainda é capaz de um entretenimento de parar o coração.

Desde o início, os espectadores são jogados no caos de um laboratório prestes a receber um conjunto potencialmente perigoso de restos mortais e o diretor Chad Lowe aumenta a tensão usando cortes rápidos e uma trilha sonora em ritmo rápido, em oposição a fluxos de diálogo. Esse ritmo só acelera conforme o episódio avança, tornando os momentos finais muito mais explosivos.

'The Pathos in the Pathogens' também utiliza a química dos atores do show para apresentar uma peça de conjunto sólido. Cada membro da equipe - de Brennan (Emily Deschanel) e Angela (Michaela Conlin) no laboratório a Sweets (John Francis Daley) e Booth (David Boreanaz) no FBI - tem algo vital a contribuir. Uma das melhores cenas é uma pequena entre Hodgins (TJ Thyne) e Brennan, onde a antropóloga forense atordoa sua colega ao se oferecer para ajudar a encontrar uma solução à base de ervas quando a ciência moderna está falhando.

É também a primeira vez que o romance entre Cam (Tamara Taylor) e Arastoo (Pej Vahdat) parece mais orgânico do que forçado. Cam é uma personagem forte e ela consegue manter essa compostura até o final, quando parece que terá que deixar Arastoo ir. As emoções evocadas são semelhantes a um episódio mais antigo, 'The Man in the Cell' (2007), em que a própria Cam foi vítima de um patógeno inalado e sua vida dependia da equipe para descobrir o antídoto.

A música também é peça fundamental neste drama. Desde a montagem animada no início (retratando a equipe trabalhando febrilmente para discernir o que poderia ter matado a vítima e se é ou não um ato de bioterrorismo) às notas suaves que tocam em imagens noturnas arrebatadoras de Washington depois que Arastoo é no claro, a pontuação dá o tom perfeito.

Outro ponto forte desse episódio é a presença de Booth. Por muito tempo, os escritores se concentraram em Brennan e os squinterns que circulam dentro e fora do laboratório e um dos personagens principais a pagar o preço foi Seeley Booth. Com o passar dos anos, Booth lentamente se tornou mais e mais dócil e mais disposto a confiar na ciência para solucionar crimes do que em seu próprio instinto. Não que isso seja inerentemente uma coisa ruim, mas perde algo do sabor original do show e a dinâmica que atraiu as pessoas para assistir em primeiro lugar.

Se nada mais, esta temporada viu um ressurgimento de Booth como um homem de ação e um policial disposto a fazer o que for necessário para derrubar o bandido. Deve ser interessante ver como isso culmina no final da temporada da próxima semana.

Ao todo, este foi mais um bom trabalho conjunto pelo elenco e equipe de Bones. Lowe conta uma história limpa e nítida que os atores infundem com uma energia e química que vem de trabalhar juntos por tantos anos. Enquanto isso, a partitura conta uma história magnífica que se encaixa perfeitamente com as muitas voltas e reviravoltas da trama.

Este episódio é uma prova positiva de que o caso certo pode conduzir o desenvolvimento do personagem sem sacrificar muito no processo. Vamos torcer para que este também seja o caso para o final da temporada, com o retorno do assassino em série Christopher Pelant (Andrew Leeds).

Bones vai ao ar às segundas-feiras às 20h na FOX.